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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Profissão Repórter: Terça 15/10/2013, Vida de sem-teto

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O Profissão Repórter mostra quem são e como se organizam as pessoas que vivem nos prédios invadidos no centro de São Paulo.  Na região central da cidade há 30 prédios ocupados, por integrantes de diferentes grupos. Onze deles são organizados pelo MSTC – Movimento Sem Teto do Centro.
Carmen da Silva, líder do MSTC, coordena cinco das 11 ocupações do grupo. “Aprendi a liderar devido a minha necessidade. A necessidade de ter um lar, de colocar a minha família em um lugar digno”. Cerca de 4 mil pessoas estão em ocupações coordenadas pelo movimento e 1.500 ainda esperam por moradia.

Para zerar o déficit habitacional, a prefeitura diz que precisa construir 230 mil novas casas e promete construir 55 mil moradias nos próximos três anos.

O Residencial Mirassol, do programa “Minha Casa, Minha Vida”, está ocupado desde julho. “Eu entendo que existem outras pessoas que necessitam, só que eu participo desse programa há mais de 10 anos, sou cadastrada, tenho todos os protocolos. Eu tenho a minha necessidade”, conta Noemi Mendonça, uma das moradoras do prédio invadido.
Apesar da ocupação ilegal, os moradores do residencial têm acesso a serviços como TV a cabo e internet. Os habitantes do condomínio dizem que receberam as chaves dos apartamentos e não invadiram o local. A construtora responsável pela obra confirma que as chaves do prédio sumiram de uma caixa, que estava na portaria.

As pessoas que estavam cadastradas na prefeitura para morar no Residencial Mirassol estão desanimadas com a lentidão do processo. A Caixa Econômica já pediu a reintegração de posse do local, mas o processo pode levar até quatro anos.

O Movimento Moradia Para Todos (MMPT) organiza seis das ocupações no centro de São Paulo. Edinalva Franco é a líder do movimento. Ela conta como foram os 23 anos de luta por moradia. “As pessoas não têm o desejo de fazer pelo outro aquilo que foi bom para ela. Então a pessoa conquista sua moradia e vai embora. Você tem que ser a diferença que você quer ver no mundo”, diz.

Os coordenadores das invasões do centro são responsáveis por cobrar dos moradores a participação nas manifestações. Quando isso não é cumprido, o morador perde o direito ao apartamento. O nome dos expulsos é colocado em um cartaz na porta.
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